Cultura Popular

     As Culturas Populares do Brasil sempre foram invisíveis para o Estado, embora venham diretamente de seu povo, de suas festas populares, de suas devoções, de suas brincadeiras, de suas criações artesãs, de suas culinárias, principalmente pela exportação de colonizações portuguesas, francesas, holandesas e aqui em nosso Estado particularmente pelas colonizações germânicas, polonesas e italianas, e que trouxeram forçosamente os africanos por meio do comércio de escravos, e travaram com os povos originários lutas pela ocupação das terras, pela usurpação dos recursos naturais, e pela imposição de uma cultura de além mar. Na resistência, estes povos criaram momentos de folganças, de descanso e de devoção, misturando símbolos e ícones católicos para que pudessem se expressar. Assimilaram as promessas, os santos, os ritos e, mesmo sem poder entrar nas igrejas (até hoje em muitos casos), continuaram suas tradições até os dias atuais.
    Para fazer o dialogo junto a estes setores da comunidade cultural que foi criada a Coordenação de Culturas Populares junto a Diretoria de Cidadania Cultural da Secretaria de Estado da Cultura tentando descortinar essa diversidade cultural característica de nosso povo, bem como o universo simbólico próprio formado pelas influências de várias culturas, costumes, cores, ritmos, poesias, odores e sabores. Nessa construção, sem recursos e sem reconhecimento, porém com muita criatividade como realizado pelo carnaval, o patrimônio imaterial brasileiro a capoeira, culturas de matrizes africanas, culturas urbanas como o hip-hop, trovadores, divindades indígenas entre outras. A Coordenação de Culturas Populares tem a missão de articular as comunidades culturais para a construção de políticas culturais, para isso compõe e organiza o Colegiado de Culturas Populares.
Texto: Sandro Santos
Coordenação de Culturas Populares